sábado, 21 de agosto de 2010

destino: qualquer lugar.

Já começei o dia com um susto.Meu despertador por algum motivo desconhecido não tocou, e eu só acordei porque desenvolvi uma mania zumbi de ficar olhando a hora, que inclusive, já estava marcando 6:45 da manhã.
Levantei com um pulo e ainda pensei que dava tempo pra chegar no primeiro horário.Desisti logo que vi que não.Então já que entraria só no próximo,me arrumei da forma mais vagarosa possível.Fiquei pronta, titia não.Saí de casa atrasada,peguei um engarrafamento no retorno, e quando finalmente cheguei na escola,os portões já estavam fechados.Corri pra alcançar o tio que ficava no portão, que só deixou eu entrar porque viu na minha cara um certo desespero.Corri de novo, ninguém nos corredores.Passei sem a coordenadora me ver, o que não adiantou muita coisa, já que o professor já estava dando aula.Então tentei entrar da forma mais discreta possível,mas foi só a porta abrir, que a galera gritou meu nome.Ó messa.Fui sentar o quanto antes pra esquecerem a hora que eu cheguei.Esqueceram,pra minha sorte.
O outro horário foi vago para o lanche, já que no próximo seria a segunda etapa do simuladão da UNB.Aproveitei pra marcar direitinho com os meninos sobre o "tour" de ônibus depois da prova.
Terminei a prova, desci pra pegar o ônibus com os meninos.No meio do caminho, passa o ônibus, a gente sai correndo enquanto o resto da galera que já estava lá, segura pro cara não ir embora.Não precisou proferirem nenhuma palavra,o rosto dos passageiros era só de ódio olhando pra gente.Ainda bateu o desespero de não ter crédito suficiente na carteira pra voltar pra escola.Sorte outra vez:eu tinha.
Descemos na parada oposta,atravessamos a avenida quase que escondendo os rostos,afinal praticamente todos estavam indo sem os pais saberem, inclusive eu.
Batemos perna e sentamos pra tomar um sorvete.Pra nossa infelicidade,tava R$1,50. D:
Juntamos todas as moedas que tínhamos no balcão e passamos uma meia hora analisando como faríamos pra pagar a passagem de volta e comprar três sorvetes.Não adiantou muita coisa, o dinheiro só dava pra dois mesmo.Mas na hora de entregar, a moça botou conscientemente mais um de GRAÇA( Ô MOÇA, OBRIGAADO!).
Fomos para a parada, mas quando estávamos no meio do corredor,o ônibus passou.Saímos correndo,o que não adiantou muita coisa, porque o verdinho já estava lá do outro lado.Mas não demorou muito e chegou outro.A volta foi bem tranquila.Muito vento,brincadeiras e também algumas maravilhas da natureza para limpar a vista(se é que vocês me entendem...).
Desci com Celinha na parada da escola,que por sinal, tava vazia.Começamos subir a ladeira, mas vinha um cara bem suspeito descendo.O pior que não tinha ninguém por perto.Voltamos de uma forma nem um pouco discreta,e quanto mais o cara se aproximava,mais a gente acelerava.Até que o desespero bateu e começamos a correr.Mas na nossa frente, vinham dois caras, ainda mais suspeitos.Desespero bateu.
Olhamos para trás,e o outro ainda estava descendo.Não tinha jeito,o único lugar seguro, naquela hora, era a escola.Saímos correndo que nem duas doidas.Não tive coragem nem de olhar pra trás pra saber se o cara estava vindo atrás,só queria chegar o mais rápido que pudesse.CREDO!Nunca tinha percebido como aquela ladeira era comprida.Conseguimos chegar,embora suadas, com fome,e amarelas do susto.
Minha respiração ainda estava ofegante quando me deparei com Titia que já estava lá me esperando.Torci para que ela não tivesse me visto subir da parada.Me sequei,tentei melhorar a cara e fiz como se tivesse saído naquela hora da prova.Ufa,ela nem desconfiou.
[...]

Sei que são pequenas coisas,detalhes,passeios que,para muitos,são bobos.Mas também sei que são justamente esses em que tenho minhas maiores alegrias, porque estou com as melhores pessoas, independentemente do lugar.Posso ser feliz na festa, no shopping,no ônibus, na parada ou até mesmo no meio da rua.Pois a felicidade não está no lugar, na roupa,no dinheiro pra comprar o sorvete...a felicidade está em compartilhar momentos simples como esse, com pessoas simples como eles.

Bom, e é inevitável repetir que sentirei falta de vê-los todos os dias. Amo vocês.Demais.



p.s:Perdoem-me a falta de organização do texto, mas escrevi isso antes que os fatos embaraçassem na minha cabeça.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

d-menor

Estou à beira dos dezoito anos e continuo com as mesmas manias da pré-adolescência.Ainda gosto de rosa,provavelmente seja mais próxima das irmãs mais novas das minhas amigas,só ando descabelada,conto as piadas mais sem graça como se houvessem sido contadas pela primeira vez - e sorrio sozinha de todas; nunca aprendi a andar de salto, desconheço a maioria dos lugares que pessoas da minha idade frequentam, ainda escuto 'baba baby' da kelly key,pra mim,o melhor passeio de férias continua sendo o park, ando no centro só pra sair de casa e olhar gente diferente,compro na seção infantil,gravo meras datas de forma especial,anoto todas minhas besteiras num diário,perco minhas tardes brincando com meus irmãos,paquero da mesma maneira de quando perdi meu BV(ok,admito que não pisco mais),fico sem graça com facilidade-minha cara vermelha não deixa eu negar- ainda falo "saúde,paz,alegria e paixão" toda vez que espirro,acredito em boa parte do que me falam, mudo de ideia constantemente e meu humor varia de acordo com o tempo que eu durmo.
Pensei que chegaria aos dezoito com pose, estilo e pensamento de mulher.Continuo com a pose,estilo e pensamento de adolescente...mas com idade de mulher.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

[...]

Não dói saber que acabou,mas dói saber que só eu ainda sinto alguma coisa.Dói ver que só eu ainda não consigo deixar que a "fila" simplismente ande,dói ainda sentir, tanto como antes, a sua falta.Dói todas as vezes que tenho meus pensamentos inebriados por pedaços do passado,estes dos quais eu luto de todas as maneiras para esquecer.E eu tento, eu deixo que os dias passem sem ao menos perceber, que cada dia mais,é apenas mais um dia sem você, mais um dia igual à todos os outros.Mas não choro.Não me permito.Talvez devesse ser a única coisa a fazer, uma maneira de aliviar tanto esse peso e nem que sejam por alguns instantes, me concentrar em algo a mais que não seja em ti.Ignoro os avisos,finjo não ver os riscos, e continuo mantendo essa agonia que é não saber como será depois, se não sei ao menos o que eu tenho hoje.Talvez nunca tenha tido, na verdade.A única coisa que guardo são suposições.Mas é difícil viver como se a cada segundo tivesse meu coração espremido,esperando respostas, quando só recebo silêncios.É difícil seguir quando uma parte do que eu sou hoje, está presa ao passado,buscando minuciosamente todas as lembranças para que, nem por um segundo sequer, eu possa esquecer você.
Mas chega uma hora que é impossível continuar a nutrir esperanças, quando elas já se esgotaram.E então o coração desiste, a alma chora, o corpo se abate e as lágrimas dizem tudo aquilo que não consigo mais suportar.Eu amei,eu tentei,eu desistir.

Não será fácil,não esquecerei de um dia para o outro,provavelmente ainda chorarei algumas vezes ao lembrar, cairei na tentação de mandar notícias ou até mesmo de buscar sentimentos sobre mim em ti.Só que o tempo passa,os dias chegam ao fim,e a gente aprende a se acostumar com a ausência.
Eu era eu antes de ti.Mudei ao te conhecer.Mas voltarei a ser o que, durante esse tempo,havia esquecido.
Porque o que eu senti e ainda sinto não é superficial.Mas é unilateral.

like this.

Gosto dos perfumes mais doces,dos sentimentos mais intensos,dos abraços mais apertados.Gosto de sorri com o nada,de sentir o vento,de andar descalça.Gosto do cheiro da chuva,de olhar a praia e às vezes, pensar em tudo.Gosto do que é complicado,de tentar o impossível e querer o inexistente.Gosto do que não posso ter,do que um dia tive, e do que ainda vou ter.Gosto da indecisão, tenho atração pelo que é confuso e espero o inesperado.Sou assim:uma mistura de gostos excêntricos,de sorrisos sinceros,de palavras verdadeiras e atitudes impensadas.
Sou apenas mais uma,com sonhos de adolescente e esperanças de uma criança.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja, muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você."


"Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos. No plano REAL: que história é essa? No que depende de mim, estou disposto & aberto. Perguntei a ele como se sentia. Que me dissesse. Que eu tomaria o silêncio como um não e ficaria também em silêncio. Acho que fiz bem."



Caio Fernando Abreu


Caio Abreu me entenderia, certeza!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

pedaços da felicidade

Acordei com ressaca moral,às 5 horas da manhã.Nada como iniciar uma segunda-feira da melhor maneira possível: analisando meus excessos do final de semana.
Pra começar,meu sábado iniciou com a promessa de coisas boas- antes de mais nada, quero deixar claro que nunca mais confio nas minhas previsões.Mas não foi bem assim que o dia decorreu.
Primeiro,assistir aula dia de sábado é o mesmo que se suicidar de forma lenta.E agora que instalaram câmeras nas salas,tornou-se impossível não se sentir vigiado 24horas,quando por qualquer tolice, um coordenador entra pra mandar alguém não fazer algo.Resultado:não pude sucumbir à vontade extrema de dormi naqueles dois horários de física.Maldita tecnologia.
Minha sorte foi que liberaram mais cedo, devido à reunião de professores.À tarde, eu fui para o shopping.Péssima escolha.Sabia quem estaria lá e ainda assim decidir ir.Eu sei que nunca faço as coisas como devem ser feitas, e só analiso a burrice depois.Bom,essa foi a primeira.
Estava tudo indo tão bem,até a hora que eu tanto esperava:o filme. Por que eu tinha que nutrir esperanças? POR QUÊ? Sem mais delongas, não aconteceu nada.Absolutamente nada do que eu estava esperando.Essa foi a segunda burrice.Minha sorte, foi que eu cheguei tarde demais em casa para pensar sobre isso.
Pena que só não pude escapar disso domingo também.Minha mente não descansou um segundo depois que a realidade me trouxe à tona.Começei a me questionar que fim teria isso,e pela primeira vez, torcendo para que ele esteja próximo.
Enquanto por um lado,senti que não ter acontecido nada,foi bom.Por outro,me senti frustrada,procurando boas razões para não desabar - Não desabei.Embora tenha passado o dia com o episódio de ontem na cabeça,martelando diversas vezes,na esperança de que lá no fundo,eu achasse meu orgulho escondido.Pobre de mim.
Devo ressaltar que minhas tentativas foram em vão depois que cedi ao meu pensamento persuasivo de mandar uma mensagem pra ele.Tenho uma mente traidora.Se eu parasse pra pensar sobre os reais motivos que me levaram a fazer isso,certamente responderia sem hesitar que não deixaria, ao menos, a amizade acabar.Mentira descarada essa minha.Fiz isso pra camuflar a verdadeira intenção: saber se eu deveria continuar esperando ou não.E eu saberia isso se ele respondesse a tal mensagem.Triste fim o meu novamente.Ele não respondeu.
Bom,essa foi a terceira e última frustração de um final de semana.Não,e eu não peço que venham mais iguais à este.
Depois dessa breve análise, tive que correr pro que ainda tinha que construir.E,de alguma maneira,esqueci tudo que havia se passado ao encontrar o primeiro sorriso de Jesiel do dia, a primeira gargalhada de Thércia,o primeiro abraço de Mariana,a primeira bisca de Brenda,do primeiro corte de Ezequias,da primeira palhaçada de Àlvaro,a primeira piada de Flávio,a primeira história de Renata,o primeiro chingamento de Taffarel,a primeira careta de Yoná,o primeiro conselho de Leonardo,o primeiro bom dia de Jaiana,o primeiro 'oi' de Amanda e a primeira brincadeira de Henrylle.
E,enfim,percebi que não eram as coisas ruins que eu queria deixar como lembranças.Afinal,são inerentes à qualquer pessoa.Eu queria guardar pequenos pedaços de felicidade tão valiosos, que eu encontrava todos os dias.E eles estavam ali, em cada um.




Ps: sentirei uma falta tremenda de vocês.

domingo, 15 de agosto de 2010

"Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all"









Eu poderia ignorar todas as vezes que as lembranças vem me corroer por dentro, simplesmente esquecer cada pedaço do meu passado que te traz pra perto,permanecer firme diante de qualquer palpitação dos meus dedos em discar seu número mais uma vez, sorri ao responder qualquer coisa sobre você,ignorar sua janelinha do msn, que não sei por qual motivo, parece se destacar das demais, me controlar para não parecer disponível demais quando por acaso, você vem falar comigo, ou até sucumbir ao desejo de apagar de vez todas as nossas fotos, que me fazem perguntar o que poderia ter dado tão errado,e finalmente obedecer minha promessa de parar de esperar que um dia tudo volte ao que,há uns oito meses, seria minha felicidade.
Eu poderia tudo isso, se não fosse tratando-se de você.
E agora,passo os dias me debatendo, procurando assimilar o que pra você era um motivo plausível pra terminar.Perdoe-me a ignorância, mas talvez eu nunca entenda.
Busco audácia e mato meu orgulho ao correr atrás de respostas pra tantas perguntas que você deixou.E quando as encontro, elas mantêm um paradoxo em relação às suas atitudes.O que eu deveria entender depois disso?
Deveria ser tão mais simples.
Poderia ser tão mais simples,se você quisesse.