sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

desabafos diários.

13/10

tudo parece tão mais complexo agora.Deparo-me com o nada circundado de opções que traçam meu destino e parecem convergir para a mesma direção.É como se nada mais fizesse sentido, como se nada mais importasse.E realmente importa?
A dor das lágrimas que tive marcam tanto quanto as feridas invisíveis do que já passou.A efemeridade das coisas me assusta(...)
A cada batida sinto que perdi momentos preciosos do meu tempo e a cada vez que penso que tempo algum tenho, ele se esgota com brevidades que nada mais acrescentam em minha vida.Me encontro quase sempre só agora, em busca do que muitos parecem ignorar.Muitas vezes são coisas que parecem não fazer sentido nenhum...até pra mim.Talvez existir nem precise de sentido.Mas apenas sinto falta do que passou e tento me acostumar com o que nunca voltará.Talvez por isso alguns momentos,lembranças, sejam tão preciosos: pelo simples fato de que a repetição é impossível.Cada momento é único, exclusivo. Quem sabe esse seja um motivo plausível que justifique meu apêgo constante ao passado- essa página que prezo para manter-se permanente.Nem que seja na memória.

17/10
Sinto que boa parte do que eu achava que era fazia parte apenas da caracterização do que eu já quis ser.Não me sinto completa,nem sinto que agora algo teria essa capacidade.O que me falta? Quero sentir que alguma coisa é de verdade em tudo que eu já vivi, que insite em permanecer em linhas tortuosas do que escrevo.Sinto falta de muita coisa, de pessoas que realmente me faziam feliz, da simplicidade da vida, da humildade das amizades, dos carinhos à troco de nada... Meras e tão importantes peças do quebra-cabeça que se perderam nessa transitoriedade do tempo.E mais que isso, sinto falta de mim.Tenho medo de ter me transformado no que sempre repulsei.

Às vezes não faço sentido nem pra mim.É isso.