sexta-feira, 27 de maio de 2011

o que as palavras não dizem...

E esse vazio que ninguém dá jeito, que ninguém conserta?
Quebrada. É exatamente como eu me sinto. Sem opção de que caminho realmente seguir. Minha escolha serve de alguma coisa, na verdade? Me sinto em uma prisão invisível, que só o que me impede de tomar as próprias decisões é esse bloqueio que sofro cada vez que tento me aproximar do que seria minha liberdade. Sou vítima da contradição. Agir em favor da liberdade de alguém não seria ao mesmo tempo sufocar a escolha dessa pessoa?
E talvez a parte mais difícil seja a que eu tenho que esconder e camuflar o que realmente quero e me esforçar para gostar de algo que não se encaixa - mesmo que eu tente- comigo. Porque a decisão de agir contra isso seria o mesmo que causar a decepção para a única pessoa que eu não poderia. Então por isso eu luto, luto contra meu próprio desejo, contra minha própria vontade...é preferível que eu me magoe do que fazer algo que magoe ele.
E assim eu vou seguindo...escondendo o choro, disfarçando meu fracasso interno e expondo um sorriso toda vez que sou perguntada sobre a escolha.Quem sabe algum dia me convença do fingimento...